Conclave chega ao fim: cardeais elegem novo papa nesta quinta
A Igreja Católica tem oficialmente um novo papa. A fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, na tarde desta quinta-feira (8), sinalizou a escolha do novo pontífice pelos cardeais reunidos em conclave. A eleição ocorreu na quinta rodada de votações e encerra o período conhecido como Sé Vacante, iniciado com a morte do papa Francisco há 17 dias.
O sinal visível da escolha — a tradicional fumação branca — foi acompanhado por sinos, confirmando que os 133 cardeais votantes chegaram a um consenso. A expectativa agora é pelo anúncio do Vaticano, com o tradicional “habemus papam”, no qual o novo papa aparece na sacada da Basílica de São Pedro para ser apresentado ao mundo. A cerimônia deve ocorrer ainda hoje, seguindo o padrão dos conclaves anteriores, em 2005 e 2013, nos quais o anúncio foi feito entre uma e duas horas após a fumaça branca.
Fiéis, turistas e curiosos se aglomeraram na Praça São Pedro durante toda a tarde, aguardando o desfecho do conclave. Segundo estimativas do Vaticano, cerca de 45 mil pessoas estavam no local no momento em que a fumaça branca foi expelida. O silêncio que dominava a praça foi rompido por aplausos e por uma multidão de celulares voltados para a chaminé da Capela Sistina.
A escolha do novo pontífice ocorreu no segundo dia de conclave. Na quarta-feira (7), a fumaça preta indicava que a primeira votação não havia chegado a um consenso, conforme a expectativa inicial. O processo, iniciado oficialmente com o fechamento das portas da Capela Sistina, envolveu 133 cardeais aptos a votar — número superior ao do conclave anterior, que contou com 117 votantes. Esta foi a maior demora entre os três últimos conclaves, possivelmente devido a uma homilia prolongada antes da votação e ao fato de que a maioria dos cardeais participava pela primeira vez desse tipo de evento.
A missa Pro Eligendo Romano Pontifice, celebrada na manhã de quarta na Basílica de São Pedro, marcou o início espiritual do processo. O anúncio do novo papa encerrará o período de transição que se iniciou com a morte de Francisco, ocorrida por complicações de um AVC e insuficiência cardíaca, após semanas de internação devido a uma pneumonia.
O papa Francisco, que liderou a Igreja por 12 anos, foi reconhecido por promover reformas internas e aproximar o Vaticano de uma visão mais voltada aos fiéis. Sua sucessão representa não apenas a continuidade de sua agenda ou a possibilidade de novas direções, mas também um momento de renovação em meio à perda gradual de seguidores entre os mais de 1,3 bilhão de católicos no mundo.
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