Caixa começa a operar nova faixa do Minha Casa, Minha Vida para classe média
A Caixa Econômica Federal iniciou, nesta segunda-feira (6), a oferta de empréstimos para a nova Faixa 4 do programa Minha Casa, Minha Vida, destinada a famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. Com isso, o programa habitacional federal passa a contemplar oficialmente a classe média, ampliando o acesso ao financiamento da casa própria.
A nova modalidade permite o financiamento de imóveis de até R$ 500 mil, com juros nominais de 10% ao ano e prazo de pagamento de até 420 meses — o equivalente a 35 anos. Até 80% do valor de imóveis novos poderá ser financiado. No caso de imóveis usados, o limite de financiamento será de 60% nas regiões Sul e Sudeste e de 80% nas demais localidades do país.
A Faixa 4 utiliza recursos alternativos ao tradicional Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), como lucros e rendimentos do próprio FGTS, depósitos da caderneta de poupança e investimentos em Letras de Crédito Imobiliário (LCI). A mudança foi viabilizada pela resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), publicada na última quarta-feira (30), que regulamentou o uso dessas fontes para viabilizar o novo modelo.
Atualmente, a Caixa lidera o mercado de crédito imobiliário no Brasil, respondendo por cerca de 70% das operações. A instituição passou a operar a nova faixa após a autorização formal do CMN.
Além da Faixa 4, os valores das demais faixas do programa também foram reajustados recentemente. As novas configurações são:
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Faixa 1: renda familiar de até R$ 2.850, com subsídio de até 95% do valor do imóvel;
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Faixa 2: renda de R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil, com subsídios de até R$ 55 mil e juros reduzidos;
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Faixa 3: renda de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil, sem subsídio, mas com juros nominais de 8,16% ao ano, mais Taxa Referencial (TR). Para cotistas do FGTS, há desconto de 0,5 ponto percentual, reduzindo os juros a 7,66% ao ano.
Para ampliar o alcance da Faixa 3, o CMN autorizou ainda o uso de recursos do Fundo Social do Pré-Sal. Famílias das faixas 1 e 2 também podem migrar para a Faixa 3, embora, neste caso, percam o acesso aos subsídios governamentais.
Com a inclusão da Faixa 4, o programa Minha Casa, Minha Vida se consolida como uma das principais políticas públicas de habitação do país, agora com foco ampliado para abranger também os brasileiros de classe média.
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