“Não vamos ter leitos de UTI se vocês não se vacinarem”, alerta Sandro Mabel

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, fez um apelo contundente à população goiana nesta semana: “Não vamos ter leitos de UTI se vocês não se vacinarem”. A declaração foi dada em meio à preocupação crescente com os baixos índices de vacinação e o aumento de internações por doenças respiratórias no estado.

Segundo Mabel, a vacinação é a principal ferramenta para evitar um novo colapso no sistema de saúde, como o vivenciado nos momentos mais críticos da pandemia de Covid-19. “Já passamos por isso antes. Sabemos o que acontece quando as UTIs lotam: vidas se perdem, e o sistema entra em colapso. Não podemos permitir que isso volte a acontecer”, alertou.

O dirigente industrial também destacou o papel das empresas e das entidades de classe na conscientização da população. “Nós, do setor produtivo, estamos fazendo a nossa parte. Mas é fundamental que cada cidadão entenda a sua responsabilidade. A vacina salva vidas e garante que hospitais tenham capacidade para atender a todos que realmente precisarem”, completou.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) indicam que a cobertura vacinal contra a gripe, por exemplo, ainda está muito abaixo da meta. Em algumas regiões, menos de 30% do público-alvo foi imunizado. Além disso, surtos de Covid-19 têm voltado a ser registrados em ambientes fechados, como escolas e empresas.

Para Sandro Mabel, o problema não é a falta de estrutura, mas a sobrecarga desnecessária do sistema. “Temos UTIs, temos hospitais, temos profissionais competentes. O que não podemos é desperdiçar esses recursos por falta de prevenção. A vacina está aí, gratuita, disponível. Só falta o povo ir tomar”, afirmou.

A Fieg informou que continuará promovendo campanhas de conscientização em parceria com outras instituições, além de oferecer suporte logístico para ações de vacinação em locais de grande fluxo de trabalhadores, como polos industriais e centros comerciais.

O alerta de Mabel ecoa entre especialistas da área da saúde, que veem com preocupação a queda na percepção de risco por parte da população. Com a aproximação do inverno, o cenário pode se agravar, exigindo uma resposta rápida e coordenada das autoridades e da sociedade.