Miguel Oliveira, pastor jovem, é acusado de enganar fiéis com promessas falsas de cura

Miguel Oliveira, um jovem pastor de 15 anos da Assembleia de Deus Avivamento Profético, em Carapicuíba, São Paulo, tem gerado polêmica nas redes sociais após afirmar ser capaz de curar o câncer e revelar que nasceu surdo e mudo. Embora hoje fale e ouça normalmente, ele diz que sua missão começou aos três anos, após se curar dessas condições, e que agora possui o poder de curar doenças graves, como o câncer.

O caso gerou repercussão quando Miguel afirmou, em uma de suas pregações, que poderia curar uma mulher diagnosticada com leucemia. Durante a palestra, ele rasgou os exames médicos que confirmavam a doença e, em tom enfático, declarou: “Eu rasgo o câncer, eu filtro o seu sangue e eu curo a leucemia”. O episódio, registrado em vídeo e amplamente compartilhado, causou indignação entre internautas, que acusaram o pastor de enganar fiéis e promover curas fraudulentas.

Críticos do jovem apontam a falta de comprovação médica sobre suas alegações e questionam sua história pessoal. Miguel afirma ter nascido sem tímpanos e cordas vocais, mas alega ter perdido os laudos médicos de seu nascimento durante uma mudança de residência. Críticos, no entanto, apontam que ele poderia facilmente obter uma segunda via desses documentos, visto que o sistema de saúde brasileiro é informatizado há mais de 15 anos.

Além de ser acusado de enganar fiéis em busca de cura, Miguel tem enfrentado ameaças. Muitos acusam o pastor de usar a fé das pessoas para obter dinheiro e, em alguns casos, de influenciar fiéis a desistirem de tratamentos médicos convencionais em favor de suas promessas de cura. “Pede exame de leucemia e rasga. Diz que está curando. Isso é crime. Isso é brabo demais. E tem gente que acredita nisso, larga o tratamento e morre”, comentou um internauta em uma publicação sobre o caso.

O caso de Miguel Oliveira é mais um exemplo de como as redes sociais têm amplificado discursos de líderes religiosos, gerando tanto apoio quanto controvérsia. O jovem segue sendo alvo de críticas pesadas, enquanto sua “missão” continua a atrair fiéis e gerar debate sobre os limites entre fé e engano.