Família de Juliana Marins pede investigação da PF sobre vazamento de laudo da autópsia

Família de Juliana Marins pede investigação da PF sobre vazamento de laudo da autópsia

Os familiares da publicitária Juliana Marins solicitaram que a Polícia Federal (PF) investigue o vazamento do laudo de autópsia realizado no Brasil, após a morte da jovem durante uma trilha no Vulcão Rinjani, na Indonésia. O documento, de responsabilidade da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi divulgado pela imprensa nesta quarta-feira (10), antes mesmo de ser oficialmente entregue à família, o que causou surpresa e indignação.

Em nota enviada à Agência Brasil, a Polícia Civil informou que o laudo deveria ser sigiloso. A perícia foi realizada na manhã do dia 2 de julho, no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro, com a participação de dois peritos da Polícia Civil, um perito da Polícia Federal e um assistente técnico indicado pela família da vítima.

Segundo relataram familiares à TV Brasil, a expectativa era receber o laudo oficialmente e divulgá-lo em entrevista coletiva marcada para a próxima sexta-feira (11), com a presença da Defensoria Pública da União (DPU) e do perito particular contratado pela família.

O novo exame no Brasil foi solicitado pelos familiares de Juliana como parte da tentativa de esclarecer os fatos que cercam sua morte, especialmente diante de dúvidas sobre as conclusões do laudo realizado por autoridades da Indonésia.

Segundo o relatório apresentado por legistas indonésios, Juliana morreu por hemorragia interna causada por trauma contundente, após cair durante uma trilha no vulcão. A queda ocorreu no dia 21 de junho. Dois dias depois, ela foi localizada por um drone térmico, indicando que ainda estava viva naquele momento, ou pelo menos até poucas horas antes.

O resgate, no entanto, só conseguiu alcançar a jovem na terça-feira (24), quando ela já havia morrido. O corpo foi retirado do local na quarta-feira (25).

O traslado para o Brasil aconteceu no dia 1º de julho. O corpo da brasileira chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, em voo comercial, e foi transportado para a Base Aérea do Rio de Janeiro por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).

Com a divulgação antecipada do laudo brasileiro, a família espera que as circunstâncias do vazamento sejam apuradas com rigor e que a confidencialidade do processo seja respeitada.

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