Reforma Administrativa propõe home office parcial para servidores públicos com até um dia remoto por semana

Reforma Administrativa propõe home office parcial para servidores públicos com até um dia remoto por semana

O texto da Reforma Administrativa, relatado pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), propõe que servidores públicos municipais, estaduais, distritais e federais possam trabalhar um dia por semana em regime de home office. A medida faz parte de um conjunto de projetos que reformulam regras do funcionalismo público no Brasil.

De acordo com a proposta, os funcionários deverão cumprir ao menos 80% da carga horária semanal de forma presencial, e a adoção do teletrabalho será condicionada à compatibilidade com as atividades desempenhadas e à ausência de prejuízo para a administração pública.

O texto ainda prevê prioridade para o teletrabalho permanente a determinados grupos, como gestantes, lactantes, responsáveis pela guarda de crianças de até cinco anos ou de crianças e adolescentes com deficiência, além de mulheres vítimas de violência doméstica ou no ambiente de trabalho.

“A adoção do teletrabalho é condicionada à compatibilidade com as atividades a serem desenvolvidas pelo agente público e à ausência de prejuízo para a administração”, descreve o texto.

O projeto determina também que o agente público deverá permanecer disponível para contato durante o horário de expediente, utilizando os meios de comunicação oficiais definidos pela administração. O descumprimento dessa regra configurará violação de dever funcional.

Três textos e tramitação no Congresso

As mudanças propostas para o funcionalismo foram divididas em três instrumentos legislativos:

uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC),

um Projeto de Lei (PL), e

um Projeto de Lei Complementar (PLP).

Os pareceres elaborados pelo Grupo de Trabalho da Reforma Administrativa ainda precisam ser protocolados na Câmara dos Deputados para iniciar a tramitação.

No caso da PEC, o primeiro passo será a análise da admissibilidade pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta será relatada pelo próprio Pedro Paulo, que também preside o grupo responsável pela formulação do texto.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do colegiado, Paulo Azi (União Brasil-BA), ainda definirão o cronograma de votação.

Por se tratar de uma mudança na Constituição Federal, a PEC exige maioria qualificada de três quintos (⅗) dos votos — ou seja, 308 deputados favoráveis em dois turnos de votação — antes de seguir para apreciação no Senado Federal.

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