Paciente morta é deixada por horas em quarto coletivo no Hospital de Urgências de Goiânia, denuncia cuidadora

Paciente morta é deixada por horas em quarto coletivo no Hospital de Urgências de Goiânia, denuncia cuidadora

Uma denúncia feita por uma cuidadora levantou questionamentos sobre o atendimento no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). De acordo com o relato, uma paciente que morreu durante a madrugada desta terça-feira (26) teria permanecido por quase 7 horas em um quarto coletivo, ao lado de outras internadas.

A acompanhante Isabela Christina, que estava no quarto 218, no segundo andar do hospital, contou que por volta das 2h a paciente começou a passar mal e recebeu atendimento de enfermeiras e médicas. Apesar de 40 minutos de tentativas de reanimação, a mulher não resistiu. Após a constatação do óbito, o corpo foi colocado em um saco plástico e deixado no leito até aproximadamente 9h.

“Sou cuidadora e estava de acompanhante no Hugo. Uma das pacientes começou a passar mal e vieram enfermeiras e médicas para tentar reanimá-la. Depois do ocorrido, colocaram ela em um saco branco, amarraram a mão dela e deixaram lá no quarto com mais três pacientes”, relatou Isabela.

Ela destacou que a situação causou constrangimento às demais pessoas no ambiente: “Por volta das 9h, ela ainda estava lá. Todo mundo tomando café da manhã com uma pessoa morta lá dentro. Um absurdo, falta de respeito”. A cuidadora disse ainda que não houve qualquer tipo de orientação da equipe do hospital sobre o motivo da permanência do corpo no local por tantas horas.

Em nota, o Hugo afirmou que em casos de óbito é seguido um “protocolo assistencial e administrativo padronizado”. O hospital informou que o fluxo envolve atendimento das equipes médica e de enfermagem, além da atuação do Núcleo Interno de Regulação (NIR) e apoio logístico necessário.

O caso repercutiu entre acompanhantes e pacientes, que cobraram mais respeito e agilidade no manejo de situações semelhantes. Até o momento, não houve esclarecimento detalhado sobre por que o corpo permaneceu tanto tempo no quarto coletivo.

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