Iphan abre processo para apurar venda de cavaletes do Masp; museu defende legalidade da ação

Iphan abre processo para apurar venda de cavaletes do Masp; museu defende legalidade da ação

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) divulgou uma nota nesta segunda-feira (16) afirmando que a comercialização de acervos tombados privados não é proibida, desde que previamente comunicada ao órgão. A manifestação ocorreu após a repercussão da venda de cavaletes históricos utilizados pelo Museu de Arte de São Paulo (Masp), projetados por Lina Bo Bardi.

Segundo o Iphan, por não ter sido notificado previamente sobre a transação, foi instaurado um processo administrativo para apurar a atual situação das peças comercializadas. A medida visa garantir que os critérios legais de preservação do patrimônio cultural estejam sendo cumpridos.

Em resposta, o Masp afirmou que atuou dentro da legalidade e respeitou os marcos da preservação patrimonial. O museu reforçou seu compromisso com a transparência administrativa e disse que a substituição dos cavaletes por réplicas idênticas não compromete o projeto original da arquiteta.

Ainda de acordo com o Masp, o parecer técnico do Iphan reconhece o valor dos cavaletes como parte de um conceito museológico — e não como objetos tombados individualmente. Dessa forma, a proposta expositiva idealizada por Bo Bardi segue preservada, mesmo com a troca das peças físicas por reproduções.

O caso reacendeu o debate sobre os limites entre conservação de acervos museológicos e a autonomia institucional na gestão de seus objetos expositivos.

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